sábado, fevereiro 26, 2005
Será que essas coisas só acontecem comigo?
Semana passada fui convidada para ir jantar na casa de um casal. Me enviaram o convite por email e anexado mandaram um mapinha mostrando o endereço (bem holandês isso). Como o mapa não estava muito detalhado e eu não conhecia nenhuma das ruas mostradas lá, eu, garota muito esperta, fui na internet procurar um mapa com mais informações.
Fui lá, digitei o nome da rua e tchan, achei! Imprimi o mapa e lá vai eu de bicicleta para o local (detalhe: começou a nevar no caminho). Cheguei na casa com 30 minutos de atraso. Toquei campainha e ninguém apareceu. Chequei o nome da rua, numero da casa, data do convite e horário e estavam todos corretos. Pensei:"Ué, estranho, cadê esse povo? Ah vai ver a campainha não está funcionando". Liguei na casa para avisar que eu estava lá na frente e olha o diálogo:
o cara: cadê você?
eu: tô aqui na frente da sua casa
o cara: não, não está não. Não estou te vendo
eu (olhando para dentro da casa): cadê vc, também não estou te vendo. Olha, estou aqui na rua tal, numero tal.
o cara: é, isso mesmo. Você está em Rijswijk?
eu: hein!?
Detalhe: Rijswijk é uma cidade próxima de Delft e eu estava em Delft. As duas cidades possuem o mesmo endereço e eu estava um lugar no lado oposto da cidade. Essa rua deve ser uma Afonso Pena da vida, que em toda cidade tem uma. Na verdade se eu tivesse ido para o endereço certo, era muito mais perto de casa e passava menos frio.
Bom, nesse caso, a solução mais prática foi o cara ir me buscar. Fiquei com vergonha, primeiro em fazer o cara ir me buscar e em atrasar o jantar em 1 hora. As crianças deles já estavam reclamando de fome. Bem, mas chegando lá foi tudo beleza. A esposa dele é de Curacao e muito simpática. E é claro, a conversa girou em torno do samba e da SALSA do Brasil.
Gente, o que esse povo tem que pensa que salsa é do Brasil? e ainda me perguntam porque eu não danço salsa, pode?
Isso já está virando piada!
Semana passada fui convidada para ir jantar na casa de um casal. Me enviaram o convite por email e anexado mandaram um mapinha mostrando o endereço (bem holandês isso). Como o mapa não estava muito detalhado e eu não conhecia nenhuma das ruas mostradas lá, eu, garota muito esperta, fui na internet procurar um mapa com mais informações.
Fui lá, digitei o nome da rua e tchan, achei! Imprimi o mapa e lá vai eu de bicicleta para o local (detalhe: começou a nevar no caminho). Cheguei na casa com 30 minutos de atraso. Toquei campainha e ninguém apareceu. Chequei o nome da rua, numero da casa, data do convite e horário e estavam todos corretos. Pensei:"Ué, estranho, cadê esse povo? Ah vai ver a campainha não está funcionando". Liguei na casa para avisar que eu estava lá na frente e olha o diálogo:
o cara: cadê você?
eu: tô aqui na frente da sua casa
o cara: não, não está não. Não estou te vendo
eu (olhando para dentro da casa): cadê vc, também não estou te vendo. Olha, estou aqui na rua tal, numero tal.
o cara: é, isso mesmo. Você está em Rijswijk?
eu: hein!?
Detalhe: Rijswijk é uma cidade próxima de Delft e eu estava em Delft. As duas cidades possuem o mesmo endereço e eu estava um lugar no lado oposto da cidade. Essa rua deve ser uma Afonso Pena da vida, que em toda cidade tem uma. Na verdade se eu tivesse ido para o endereço certo, era muito mais perto de casa e passava menos frio.
Bom, nesse caso, a solução mais prática foi o cara ir me buscar. Fiquei com vergonha, primeiro em fazer o cara ir me buscar e em atrasar o jantar em 1 hora. As crianças deles já estavam reclamando de fome. Bem, mas chegando lá foi tudo beleza. A esposa dele é de Curacao e muito simpática. E é claro, a conversa girou em torno do samba e da SALSA do Brasil.
Gente, o que esse povo tem que pensa que salsa é do Brasil? e ainda me perguntam porque eu não danço salsa, pode?
Isso já está virando piada!
O que você achou dessa história? posted by Elis : 11:27 PM
Na lang vakantie! (depois de longas férias)
Depois de muito tempo, cá estou eu de volta. Esse sumiço foi por uma boa causa: viagem para o Brasil! Passei natal e ano novo com minha familia em Rondonópolis-MT e em janeiro fui para Uberlandia-MG e Campo Grande-MS visitar amigos e parentes.
Já tem um tempinho que voltei de lá, mas com o trabalho acumulado depois de 1 mês de férias, acabei deixando de escrever aqui. Mas vou tentar descrever as passagens interessantes da viagem.
Gente, é bom demais voltar em casa depois de tanto tempo. Nos primeiros dias a sensação é meio estranha, pois você está em casa e não está ao mesmo tempo. Eu saía na rua e ficava procurando quem estava falando português perto de mim, só depois de um tempo que a ficha caía e eu lembrava que estava no Brasil. Daar praten men geen nederlands!
Engraçado como a gente sente falta de uns detalhezinhos do nosso país. No aeroporto em São Paulo eu fiquei doida quando vi coxinha na estufa da lanchonete. Só de pensar que eu poderia comer um salgadinho com recheio de carne (de verdade), minhas lombrigas logo se assanharam. Depois da coxinha, vieram os pães de queijo. Repararam que pães de queijo está no plural né? é, foram vários, mas vamos deixar os números de lado :)
Cheguei em casa e a janta nao poderia ser melhor: churrasquinho com cerveja! Que maravilha! Comer um delicioso churrasco, com cerveja de verdade. Skol é skol e não tem para Heineken nenhuma. Obs.: como a Heineken é forte, hein.
Passei duas semanas em Rondonópolis, passeando muito e visitando amigos.
Depois fui para Uberlândia visitar meus amigos de faculdade. Fui muito bem recebida lá, com muita festa e comida. De Uberlândia, fui para Campo Grande no MS e aí sim que as festas e comilanças começaram. Era formatura da minha prima e cada dia tinha um evento para ir (quatro dias no total), e por isso, juntou uma turma de uns 15 primos mais ou menos. Há mais de 10 anos a gente não se reunia assim. Todas as tardes, reuniamos para contar piadas, jogar cartas, tomar tereré e comer os biscoitinhos das minhas tias! Nosssa, a gente não parava de comer lá. Toda hora tinha uma coisa diferente e eu querendo aproveitar tudo que tinha de gostoso, e só fui ficando cada vez mais redonda.
Depois da formatura, voltei para casa já para arrumar a mala novamente e voltar à "vida normal". Um dia antes da viagem, fiz um jantar para os meus amigos e foi muito bom reunir todos eles.
Fiquei um mês no Brasil, mas incrível como tempo passa rápido. Quando eu percebi já estava na hora de voltar para cá. Bem, mas eu aproveitei bastante e não reclamo não.
No caminho de volta tinha que parar em Atlanta-EUA já para trabalhar. Cheguei lá numa sexta 8 da manhã e tive reuniões das 10 da manhã até 8 da noite! Ave Maria, que canseira. Muito sono da viagem e canseira de ter que ficar falando e pensando em inglês o dia inteiro. Meu cérebro acostumou com o português e estava se recusando a raciocinar em inglês.
Fui para Atlanta naquele final de semana da tempestade de neve que teve no nordeste do país. Em Atlanta não foi tão sério mas a temperatura estava -5 e o vento estava tão forte que as vezes quando estava andando na rua, eu tinha que parar, me abrigar em um prédio e esperar o vento diminuir um pouco. Muito mais frio do que na Holanda, pensei.
Depois das visitas, cheguei em Amsterdam e o chão coberto de neve. É, não tão diferente assim. Fazer o que? C´est la vie!!!
Depois de muito tempo, cá estou eu de volta. Esse sumiço foi por uma boa causa: viagem para o Brasil! Passei natal e ano novo com minha familia em Rondonópolis-MT e em janeiro fui para Uberlandia-MG e Campo Grande-MS visitar amigos e parentes.
Já tem um tempinho que voltei de lá, mas com o trabalho acumulado depois de 1 mês de férias, acabei deixando de escrever aqui. Mas vou tentar descrever as passagens interessantes da viagem.
Gente, é bom demais voltar em casa depois de tanto tempo. Nos primeiros dias a sensação é meio estranha, pois você está em casa e não está ao mesmo tempo. Eu saía na rua e ficava procurando quem estava falando português perto de mim, só depois de um tempo que a ficha caía e eu lembrava que estava no Brasil. Daar praten men geen nederlands!
Engraçado como a gente sente falta de uns detalhezinhos do nosso país. No aeroporto em São Paulo eu fiquei doida quando vi coxinha na estufa da lanchonete. Só de pensar que eu poderia comer um salgadinho com recheio de carne (de verdade), minhas lombrigas logo se assanharam. Depois da coxinha, vieram os pães de queijo. Repararam que pães de queijo está no plural né? é, foram vários, mas vamos deixar os números de lado :)
Cheguei em casa e a janta nao poderia ser melhor: churrasquinho com cerveja! Que maravilha! Comer um delicioso churrasco, com cerveja de verdade. Skol é skol e não tem para Heineken nenhuma. Obs.: como a Heineken é forte, hein.
Passei duas semanas em Rondonópolis, passeando muito e visitando amigos.
Depois fui para Uberlândia visitar meus amigos de faculdade. Fui muito bem recebida lá, com muita festa e comida. De Uberlândia, fui para Campo Grande no MS e aí sim que as festas e comilanças começaram. Era formatura da minha prima e cada dia tinha um evento para ir (quatro dias no total), e por isso, juntou uma turma de uns 15 primos mais ou menos. Há mais de 10 anos a gente não se reunia assim. Todas as tardes, reuniamos para contar piadas, jogar cartas, tomar tereré e comer os biscoitinhos das minhas tias! Nosssa, a gente não parava de comer lá. Toda hora tinha uma coisa diferente e eu querendo aproveitar tudo que tinha de gostoso, e só fui ficando cada vez mais redonda.
Depois da formatura, voltei para casa já para arrumar a mala novamente e voltar à "vida normal". Um dia antes da viagem, fiz um jantar para os meus amigos e foi muito bom reunir todos eles.
Fiquei um mês no Brasil, mas incrível como tempo passa rápido. Quando eu percebi já estava na hora de voltar para cá. Bem, mas eu aproveitei bastante e não reclamo não.
No caminho de volta tinha que parar em Atlanta-EUA já para trabalhar. Cheguei lá numa sexta 8 da manhã e tive reuniões das 10 da manhã até 8 da noite! Ave Maria, que canseira. Muito sono da viagem e canseira de ter que ficar falando e pensando em inglês o dia inteiro. Meu cérebro acostumou com o português e estava se recusando a raciocinar em inglês.
Fui para Atlanta naquele final de semana da tempestade de neve que teve no nordeste do país. Em Atlanta não foi tão sério mas a temperatura estava -5 e o vento estava tão forte que as vezes quando estava andando na rua, eu tinha que parar, me abrigar em um prédio e esperar o vento diminuir um pouco. Muito mais frio do que na Holanda, pensei.
Depois das visitas, cheguei em Amsterdam e o chão coberto de neve. É, não tão diferente assim. Fazer o que? C´est la vie!!!
O que você achou dessa história? posted by Elis : 10:23 PM
